domingo, 16 de outubro de 2011

Foi Dar Cantada se Lascou

A estudante de administração Wanessa da Silva, 25 anos, diz ter recebido uma mensagem de texto em seu celular, na madrugada deste domingo (9), após ser parada em uma blitz de trânsito em Porto Alegre. Na ocasião, ela se recusou a fazer o teste de bafômetro e teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida.

"Tinha tomado bebida alcoólica no começo da noite de sábado (8), perto das 21h. A abordagem na fiscalização aconteceu por volta da 1h30 de domingo. Na dúvida em saber se meu corpo já tinha absorvido a bebida resolvi não fazer o teste. Embora eu estivesse sóbria, pois fazia tempo que tinha bebido, preferi não fazer o bafômetro", disse a estudante.

A mensagem recebida por Wanessa é a seguinte: "Wanessa peguei o numero teu enquanto vc disse pro colega qdo ele pediu teu endereço. So quero que digas se posso saber teu MSN, Facebook, Orkut algo do tipo p/ conversarmos melhor e te Add nos meus contatos?Me da um retorno se possivel, sou o rapaz quem fez os testes do bafometros em vcs! Fernando/EPTC (sic)."



Assim que recebeu a mensagem, Wanessa diz ter lembrado do rapaz durante a abordagem. "Ele não parava de olhar para meu decote, achei estranho, mas fomos embora. Para minha surpresa, veio a mensagem pelo celular. Achei um absurdo", afirmou a estudante.

Ela disse ainda que enviou um email disponível no site da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC), na noite de domingo, mas que até agora não obteve resposta da empresa. "Fui hoje [quinta-feira (13)] buscar minha CNH que estava apreendida e ninguém falou comigo sobre o caso. Quando voltei para casa, liguei para a EPTC para saber se o caso seria investigado e se eu poderia ter acesso às investigações, mas falaram apenas que me ligariam para falar pessoalmente sobre o caso. Até agora ninguém me procurou."

A EPTC informou que abriu um procedimento administrativo para apurar o ocorrido, mas não divulgou informações sobre o caso. A estudante informou ainda que vai esperar o posicionamento da empresa para saber se registra o caso na Polícia Civil ou se irá processar a EPTC. "Meus dados confidenciais foram usados por um funcionário de uma empresa pública, obtidos durante uma fiscalização, para fazer uma cantada", disse Wanessa.

A estudante disse que procurou as amigas que estavam com ela para saber se alguma delas teria feito uma brincadeira por celular, mas elas negaram a possibilidade. "Conheço o número delas. Além disso, não haveria tempo para outra pessoa, que não fosse os fiscais, para ter o meu número e saber da fiscalização", disse ela.

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